REI DE COPAS !!! (UMA HISTóRIA DE AMOR ?????)

  Nossa história começa como tantas outras , Era uma vez um reino distante onde vivia um rei, O Rei de Copas, nosso rei era muito querido em suas terras,transbordava sensibilidade, charme e amor nas mais variadas formas, mais nosso rei quando se afastava de suas terras , havia criado  uma regra rígida de atitudes e valores que utilizava somente quando se afastava do reino.Numa dessas viagens o Rei de Copas conheceu uma mocinha, meio sem graça, metida a esperta, mais no fundo uma carente disfarçada, obviamente nem preciso falar nada que vocês ja imaginam o que houve entre eles, e é claro como em toda história de "amor" a mocinha se apaixonou, e sonhou , mas o rei como eu havia dito antes , seguia suas regras rigidamente, e as regras diziam, jamais se envolva com alguém que possa te apresentar algum perigo emocional, trate todos como objetos e os deixe onde você possa sacá los a maneira que precisar. Não odeiem nosso rei, ele não é má pessoa ou algum canália desses que andam por aí, era um homem sensível, que se protegia , que se achava dono da verdade e que sabia ler tudo nas entrelinhas, mas, nós pobres mortais ,sabemos que a verdade é mutável e nem sempre conseguimos decifrar ou ler todos os códigos que a vida nos apresenta.O rei, claro, usou seu sistema com a mocinha, a mocinha inconsolável, fez de tudo para que o rei a notasse, como sou narradora da história poderia muito bem matar nosso rei , jogá lo de um precipício ou morto durante um duelo de espadas com o Rei de Ouros, mais nossa história ja está escrita. Estou parecendo rancorosa, pois estou, de repente me deu pena da nossa mocinha, até que ponto podemos chegar pelo o amor? Aonde devemos parar de amar o outro e amar nós mesmos? como pode uma personagem ama tanto assim? o que eu poderia escrever que iria aliviar essa dor? Eu ja conheço os passos dessa estrada sei que não vai dar em nada.....ahh Tom Jobim , ah Chico Buarque teríam voces a solução para essa dor? Acho que não!!! O que eu não precebi, péssima narradora que sou, é que nossa mocinha , havia aprendido com o Rei, e mesmo em meio a sua dor aquele aprendizado crescia e tomava forma dentro dela, Havia aprendido que existiam outros naipes nesse baralho, e num jogo, quando uma carta é descartada na mesa , ela pode ser a vitória do seu oponente. E o Rei de Copas? continua por aí, solitário em seu cavalo, e rígido em seus conceitos, teorias e razões. Não o julgo, ele é feliz assim, cada qual sabe onde lhe aperta o calo, como narradora não devo julgá lo, mais me custa aceitar tamanho desperdício de amor.......