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domingo, 7 de novembro de 2010

BORBOLETAS

  Ela nasceu borboleta e morreria borboleta, certas coisas são imutáveis. Leve, linda, agitada e pousando de flor em flor.Experimentando a vida a cada toque, beijo e néctar experimentado.
  Um dia pousou numa flor e sem que esperasse, o cheiro, o toque e o néctar eram apaixonantes.E a borboleta se apaixonou!
   Se apaixonou tão intensamente que mal conseguia pousar em outras flores, e a flor tão arrogante e impávida, sorria de longe e sempre dizia que havíam certas complicações que a borboleta jamais compreenderia.Quando a pobre da borboleta em um instante de lucidez tentava se afastar da flor , ela logo dava um jeito de se fazer presente em meio ao jardim. E a borboleta voltava ligeira ao jardim na vã esperança de que a flor lhe daria uma chance.
  Sem chances, era assim que a flor agia e a borboleta que antes lagarta e depois casulo sempre havia escutado que o amor era o mais nobre dos sentimentos , mas ela não se sentia nada nobre, pelo contrário, se sentia humilhada, menosprezada e triste muito triste.
  E essa tristeza, pouco a pouco, foi abatendo a borboleta que antes leve, linda e agitada. Agora era desbotada e tudo que olhava se desvanecia em meio as suas lágrimas.
  As borboletas não vivem muito, mas mesmo vivendo pouco deixam um legado de beleza, cor e renovação. Mas, a borboleta apaixonada viveu pouco e seu legado foi de dor. A dor de amar e não ser amada.

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